Sendo fã dos Beatles, como sou, e apaixonada por viagens, incluir Liverpool no roteiro era apenas uma questão de tempo. Em julho de 2012, finalmente a oportunidade chegou, e consegui encaixar a cidade no roteiro de uma das viagens mais inesquecíveis que já fiz. Não sei se foram os locais visitados, o alto astral dos viajantes, as excelentes oportunidades aproveitadas, tudo junto e misturado, deu no que deu, uma viagem maravilhooosaaa! Então, aproveitando uma promoção da Condor, fizemos: Recife–Frankfurt-Paris-Brighton-Liverpool-Londres-Frankfurt–Recife, em duas semanas. Para Liverpool, que é o foco deste post, separamos dois dias e uma noite, mas adoraria ter ficado mais um pouco. Chegamos em Liverpool de manhã, colocamos as malas no hotel, tomamos um banho e fomos tomar o café da manhã em um pub, The Midland Pub, bem clássico e maravilhoso, que ficava ao lado do nosso hotel, o Britannia Adelphi Hotel também clássico e maravilhoso, antes de começar a explorar a cidade. Acho que se tivesse que escolher uma palavra para definir Liverpool diria “clássica” e foi isso que mais me atraiu na cidade.
Tínhamos comprado os tickets para o tour da National Trust, um passeio que nos permitiria conhecer internamente as casas de infância de John Lennon e Paul McCarteney. O tour sairia as 10:00 do Jurys Inn Centre Hotel. Então fomos caminhando e descobrindo a cidade, com o tempo que tínhamos, até chegar ao Jurys Inn. Ficamos encantados com a cidade, é linda! Tanto a parte antiga, como a moderna.
As dez em ponto estávamos lá no hall do hotel para iniciar o nosso tour. Seguimos primeiro para a casa de John Lennon, Mendips, 251 Menlove Avenue, onde ele viveu com tia Mimi dos 5 aos 22 anos. A casa foi comprada por Yoko Ono e doada ao Patrimônio Britânico, que a restaurou e reconstituiu exatamente como era antes. É incrível, parece que congelou no tempo e estamos espiando, e a qualquer momento os moradores entrarão pela porta. A guia conta todos os detalhes, até o estalo na escada, que denunciava a chegada de John de madrugada, para tia Mimi. Infelizmente não se pode fotografar.


Em seguida, visitamos a casa de Paul, que fica na 20 Forthlin Road. É bem interessante também, mas não está tão bem reconstituída como a de John. Também não se pode fotografar o interior apenas a fachada.
Ao final do tour a van nos deixou no mesmo local, perto do cais de Albert Dock e como já era hora do almoço, unimos o útil ao agradável, fomos conhecer o complexo de lojas e restaurantes instalados no locais onde antes funcionavam armazéns e prédios relacionados às docas, após terem sido restauradas.
Liverpool tem uma grande importância histórica para a Inglaterra, pois foi um dos portos mais importantes do país no período em que esta dominou os mares mundiais. Em 2004, a UNESCO inscreveu uma parte da cidade, a Cidade Mercantil Marítima de Liverpool, como Patrimônio da Humanidade, em especial o chamado Albert Dock. A forma como os antigos armazéns e docas foram construídos, bem ao lado do mar permitiu, de forma inovadora, que os navios fossem carregados diretamente a partir das docas e dos armazéns, com grande ganho de eficiência.
A tarde tínhamos comprado os ingressos para o Magical Mistery Tour, um passeio de duas horas guiado, em um ônibus de turismo, cujo roteiro são todos os locais relacionados à infância e adolescência de Paul, John, Ringo e George, além daqueles que tiveram influência no encontro deles e na formação da banda até se tornarem o que são hoje.
Além das casas de John e Paul, que já tínhamos visitado, passamos pela de Ringo, bem simples que mal dava para ver do ônibus, e da de George, localizada na 12 Arnold Crove, onde ele viveu com os pais e três irmãos mais velhos. Na de George conseguimos descer para tirar fotos. A senhora da National Trust nos contou que não conseguiram comprar a casa deles, por isso não fazem parte do primeiro tour e só podemos ver de fora.


Passamos ainda pela igreja St. Peter, em cujo salão paroquial John e Paul se encontraram pela primeira vez, as escolas que os quatro frequentaram. Ao final eles nos deixaram no Cavern Club, pub onde a banda costumava tocar.
No dia seguinte fomos conhecer o “Museu dos Beatles”, onde é contada toda a história da formação da banda, e de seus componentes através de cenários, objetos significativos, figurinos, são reproduzidas locais onde eles tocaram, e uma infinidade de lembranças. Nem sei quanto tempo passamos, mas valeu muito a visita, adorei!

Não existem coincidências, nem acasos, depois de conhecer Liverpool, entende-se porque além do seu passado histórico, foi o coração da revolução musical durante a década de 1960, e nos deu os Beatles. Maravilhosa!
