Em 1982, o centro histórico de Havana, ou Habana Viedja, foi declarado Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, e tombada pela UNESCO. Foi lá que se iniciou a urbanização de Havana, no início do século XVI. O bairro de Habana Viedja, tem o formato de uma ponta, se iniciando no Castillo de San Salvador de la Punta, contornando até Estación Central de Ferrocarriles, e segue pela paseo de Martí, até encontrar o Castillo de San Salvador novamente. O paseo de Martí atravessa a Praça Central, e chegando nessa praça você praticamente já se achou, pois é possível pegar qualquer transporte: táxis, carros antigos, cocotáxi, bicitáxi, e os ônibus turísticos T1 e T3, além da facilidade de orientação em relação a cidade de Havana como um todo e principalmente, para se iniciar um walking tour, por toda Habana Viedja, como nós fizemos.

Segundo dados pesquisados no guia de Eduardo Ernesto Felippi, quando houve a dissolução da URSS, a partir de 1991, e a retirada do auxílio monetário à ilha, Cuba começou a viver o “período especial”, com o racionamento no setor energético, principalmente com o petróleo e diminuição dos compradores de açúcar. Visando melhorar a entrada de divisas no país, o governo passou a investir no turismo, apoiando atividades privadas como a criação das casas particulares e paladares, que possibilitariam também um aumento na renda da população. Também foi criado o grupo Cubanacán, de capital misto entre o Canadá(principal investidor estrangeiro em todos os setores do país), com o objetivo de explorar o turismo em Cuba. Assim, quando chegamos no bairro, é visível o contraste em relação ao restante da cidade, com a maioria dos edifícios sendo restaurados, ruas humanizadas, uma delícia percorrer toda Havana Viedja a pé.
E não existe outra pedida em Habana Viedja que não seja caminhar, caminhar e caminhar. Assim, sem pressa, vai se descobrindo recantos, praças e lugares incríveis. As ruas humanizadas estão lotadas de turistas, cubanos atrás dos turistas e os nativos vivendo suas vidas. E mais, sempre se escuta os acordes da salsa. E quando chega a noite, aí é que a agitação se faz sentir, fazendo valer as palavras de Leonardo Paduro, em A Neblina do Passado:”…o colorido cenário musical das turbulentas noites havanesas dos anos 1950, tão cheias de brilho e alegria….” E foi assim, pé ante pé, que clicamos alguns desses lugares maravilhosos.
Plaza de la Catedral


Plaza San Francisco
Plaza de Armas

Plaza Viedja
Essa de todas foi a minha preferida, pela beleza, animação, música e os drinks. Perfeita!

Mas nem só de praças vive Habana Viedja!
Jardim de Madre Teresa de Calcutá no pátio do Convento de San Francisco, com a estátua em bronze do escultor José Villa Soberón.
Farmácia e Livraria, clicadas pela diferença de lay-out.
E a incrível maquete da cidade!
Adiante, ainda tem mais Cuba fora de Habana Viedja!