Este foi o primeiro país do Caribe a ser sorteado no projeto #198livros. Na época que li, ainda não tinha visitado nenhum país dessa região, então, ainda não estava obcecada com a ideia/desejo de conhecer todas as ilhas do Caribe. Antígua e Barbuda, está localizado no mar do Caribe, e é formado basicamente por três ilhas Antígua, Barbuda e Redonda. Segundo informações encontradas no Wikipédia, as ilhas foram “descobertas” por Cristóvão Colombo em 1493, e vendidas a Grã-Bretanha em 1667, até conquistarem sua independência em 1981. A economia do pais é desenvolvida principalmente pelo turismo e construção civil.
“A Small Place“, da escritora Jamaica Kincaid, foi o livro escolhido para representar o pais. Nascida, Elaine Potter Richardson em St Jonh’s, capital e maior cidade de Antigua e Barbuda, ela era filha única até os nove anos, e vivia com a mãe, com a qual mantinha uma relação muito próxima, e com o padrasto. Após o nascimento de mais três irmãos, ela foi sendo negligenciada pela mãe, que a mandou para os Estados Unidos, aos 17 anos, para trabalhar “au pair” para uma família americana, e tornar-se arrimo de família. Desde então, ela cortou relações com sua família, e após conseguir trabalhar como escritora, trocou de nome para não ser reconhecida em Antígua.
Neste pequeno livro, ela faz uma análise da história do seu país, escrevendo de forma primorosa, um desabafo dirigido principalmente aos europeus e americanos, a quem responsabiliza pela situação do país. Inicia, se dirigindo aos turistas, criticando-os por virem ao país apenas usufruir das maravilhas que lhes são oferecidas sem se preocuparem com a realidade daquelas pessoas que lhes prestam os serviços e que vivem ali, uma situação completamente diferente daquela ao alcance deles, os turistas. Em seguida, se dirige aos colonizadores, que vieram tirar suas riquezas e impor sua cultura, deixando enfim, ao se retirarem do país, uma corrupção sem limites, e por fim se questiona em que tipo de pessoas, eles os antiguanos, se tornaram. O tema não é novo, ele é recorrente, em se tratando de colonizadores x colonizados, mas a maneira como a autora denuncia essa realidade, é surpreendente.