Continuando nosso roteiro do Vale do Loire, chegamos em Chinon depois de rodar aproximadamente 33 km, a partir de Saumur. A pequena cidade medieval, está cercada pelos rios Vienne e Loire e fica aos pés da colina onde foi construída a Fortaleza Royal de Chinon, de onde se tem uma vista maravilhosa. Até então, todo meu conhecimento sobre a cidade, resumia-se ao vinho “Chinon” e ao encontro histórico entre Joana d’Arc e o delfim, o futuro rei Carlos VII, principal razão da visita à cidade. Se havia lido antes sobre a situação atual da fortaleza, não registrei, mas o fato é que ao olhar aquela imensa fortaleza em ruínas, fiquei arrasada. Só o que ficou de pé foram as três torres e as muralhas, o restante foi demolido a mando de Richelieu, um Cardeal-bispo de política absolutista. Nem o salão, onde se passou a cena histórica, com Joana d’Arc se ajoelhando diante do delfim após identificá-lo (mesmo este se disfarçando), para dizer da parte de Deus que ele era filho legítimo do rei da França, portanto, era ele o legítimo rei da França, foi poupado. Pode-se ver pela beleza da torre que ficou de pé, a grandiosidade do restante da construção em pedras, do castelo-fortaleza. Fiquei andando por ali, tirando fotos, sentindo a energia do lugar, sem conseguir ir embora. Só após os insistentes chamados das meninas, foi que resolvi deixar o local.
Chegamos a fortaleza de carro por um acesso que nos levou direto a ela, e só tivemos que estacioná-lo nas proximidades. Na época de Joana d’Arc não era assim, não existia a rodovia, o acesso era feito pela ladeira de pedra, com acentuada inclinação. Joana, chegou de cavalo até o início da subida. Fizemos então o caminho inverso, do alto da fortaleza descemos pela ladeira até a cidade.
Foi aqui diante dessa casa, onde se pode ver a placa em cima da porta que Joana, desceu do cavalo para subir a ladeira até a fortaleza e encontrar com o delfim. Sou fascinada por Joana d’Arc e acredito que os franceses também, pois fazem questão de deixar registrado todos os locais por onde ela passou. A cidade de Chinon parece que parou no tempo, e assim podemos de fato nos transportar através dele e imaginar a vida naquela época.
Uma vez embaixo, demos uma circulada por toda a cidade que é uma graça, com praças e barezinhos, e aí já estava na hora de levantar voo para aterrissar em Azay-le Rideau.
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