Depois de escrever o post sobre Van Gogh, e a marca que deixou na pequena cidade de Auvers-sur-Oise, não tinha como não lembrar a visita que fiz a Giverny, em 2012, e aproveitar para deixar o registro dessa minha viagem. Na época, ainda não tinha o blog, então, esse vai ser o primeiro post dessa viagem muito especial, e uma das melhores que já fiz. Monet morou em Giverny no período de 1883 até a sua morte, em 1926. Depois de se mudar, ele comprou um terreno em frente à sua casa e lá montou um jardim, com um lago, e sobre ele, uma ponte em estilo japonês, além de várias plantas aquáticas. Esse cenário foi tema de vários quadros do pintor impressionista, e é assim que a gente se sente quando está lá…dentro de um quadro de Monet.
A visita aos jardins de Monet já fazia parte do roteiro que tinha pensado para essa viagem. Pegamos o trem na Gare de Saint-Lazare com destino a Rouen, e descemos em Vernon. Alugamos as bikes numa loja defronte a estação, e lá mesmo, recebemos um mapa com as indicações de como chegar até Giverny, distante 7 km. É super fácil, mas eu e Domingos conseguimos errar o caminho, e em vez de irmos pelo caminho indicado, próprio para bikes e pedestres, pegamos um alternativo. Depois de cruzar a cidade, e atravessar a ponte sobre o rio Sena, entramos errado e fizemos um caminho por dentro do bosque e dos campos. Sendo que, em alguns trechos não tinha espaço para bike, então pedalamos na mesma via que os carros, ônibus e caminhões, haja adrenalina! Mas chegamos, e ao final, a experiência de conhecer os dois caminhos foi válida, apesar do estresse na ida.


Chegamos morrendo de fome, e escolhemos um restaurante ao acaso o Nimpheas. Fizemos uma excelente escolha, além do ambiente ser bem aconchegante, o maigret de canard, nas duas versões, estava delicioso.
Já devidamente alimentados e descansados, fomos comprar os ingressos. A visita é feita em duas etapas, primeiro visitamos a casa de Monet, com seu jardim. Muito interessante ver o ateliê, e o mobiliário que fazia parte da rotina daquela época.


Achei lindo o jardim, mas confesso que estava um pouco decepcionada porque conhecia os quadros de Monet e não estava identificando com a paisagem que estava vendo. Não sabia que aquela era apenas a primeira etapa. Foi então que percebi que tínhamos que passar por um subsolo para chegar no “verdadeiro” jardim! Ai sim, me senti dentro dos quadros de Monet.