Existe um site, Le plus beaux village de France, que reúne os vilarejos mais bonitos da França, que possuam pelo menos 2 requisitos: ter menos de 2.000 habitantes, e possuir pelo menos dois monumentos ou lugares protegidos. Ao todo a lista dos pequenos vilarejos totaliza 157 . Minha irmã não sabia disso, mas tinha lido em algum lugar que Montrésor, no Loire era “uma das cidades mais bonitas da França” e assim incluiu a cidade no nosso roteiro do Vale do Loire. Oficialmente a distância entre Azay-le-Rideau, nossa última parada, e Montrésor é de aproximadamente 70 km, mas tenho a impressão que pegamos alguma estrada fora do roteiro, porque me pareceu que a distância era muito maior. Rodamos um bocado para chegar, e a essa altura a expectativa era enorme, então logo de início, achamos que faltou cidade. Mas depois, resolvemos dar uma segunda chance para Montrésor.
Chegamos no final da tarde de um sábado e não havia uma só pessoa nas ruas, como se pode ver pelas fotos, aliás a cidade possui apenas 383 habitantes. Fomos direto para o Château que fica no alto de uma colina, mas já estava fechado a visitação interna, então só pudemos conhecer a parte externa.
O Château foi construído, em 1493, por Imbert de Bastarnay, avô de Diane de Poitiers, e conselheiro dos reis Louis XI, Charles VIII, Louis XII e François Ier , sobre uma fortaleza já existente, que havia sido construída em cima da rocha em 1005, por Foulques Nerra, Conde d’ Anjou. Depois de pertencer sucessivamente as famílias Joyeuse, Brantome e Beauvilliers, foi adquirido por um rico senhor polonês, o conde Xavier Branicki, em 1849. O conde que era amigo e conselheiro de Luis Bonaparte, futuro Napoleão III, restaurou e adquiriu uma importante coleção de obras de arte, e desde então o interior e o mobiliário permanecem originais. Os descendentes do conde ainda habitam no castelo.
Depois que saímos do castelo fizemos um tour pela cidade, margeando o rio Indrois, descobrimos recantos bem pitorescos e até a lenda que explica o nome da cidade.
A cidade é tão pequena, que as placas indicam as direções do mercado, da farmácia, da pâtisserie e por aí vai. Fizemos um lanche e zarpamos para Amboise.

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