Nossa última aula nesse dia foi na Closerie des Lilas, no 171, do boulervard du Montparnasse, uma delícia de café e cheio de histórias. Na parte externa há um terraço agradável e bastante arborizado, mas que, ao mesmo tempo fica meio que escondido do público externo. No interior a decoração é clássica e elegante. Os banheiros são imperdíveis, um luxo, vale a pena conferir. Era muito frequentado nos anos 20 por estudantes, poetas, escritores, pintores, e políticos. Ernest Hemingway, além de fazer dele seu quartel general, imortalizou-o no livro, Paris é uma festa! O lugar onde ele costumava sentar está marcado com seu nome, assim como o de outras personalidades que frequentaram o lugar. Anualmente, se realiza lá, um concurso literário, para promover jovens escritoras de língua francesa, Le Prix de La Closerie des Lilas
Depois de um café e do fim da aula, eu e Teena nos jogamos no mundo, em Paris!

Apesar de estar fazendo muito frio, a estação do momento era a primavera, época em que os dias vão se tornando mais longos e demora cada vez mais a escurecer. Logo no início da nossa estadia, só escurecia em torno das 21:00h, mas no final, quando já estávamos no início de junho, até as 22:00h ainda estava claro. A aula terminava às 16:30, mas só conseguíamos voltar para casa quando escurecia, o que nos dava bastante tempo para explorar a cidade em longas caminhadas em diferentes direções.
Assim que saímos da Closerie, tomamos a direção do Jardim do Luxemburgo, e depois de andar por todo jardim, seguimos até o Panthéon, para uma visita. Mas ainda não seria dessa vez que iríamos conhecer o interior, pois como já passava das 17:30 h, as visitas já haviam se encerrado.
Jardim de Luxemburgo
Jardim de Luxemburgo
Jardim de Luxemburgo
A Arena de Luterce, era um local que queria muito conhecer, e com o mapa da cidade nas mãos, verificamos que ficava nos arredores, então decidimos ir até lá. Antes porém de atingir nosso destino, topamos com a rue de Mouffetard, que nos tirou totalmente de tempo, ficamos literalmente caída de amores por ela. Viemos pela rue de Blainville e caímos direto na Place de la Contrescarpe, um dos lugares mais pitorescos que já vi.
Rue Blainville com a Place de la Contrescarpe ao fundo
Place de la Contrescarpe
A praça é cheia de barezinhos e cafés super charmosos, e como já era final de tarde, dava para perceber a agitação crescente, as pessoas chegando e começando a ocupar seus lugares nas mesas do lado de fora, os músicos tirando seus instrumentos das capas e se posicionando! Um agito só! Ficamos ali olhando, completamente fascinadas, sendo contagiada pelo clima e sem saber o que fazer, vimos então a sorveteria Amorino e fomos até lá para um sorvete. Escolhi o de pistache, que estava delicioso! Achei melhor que o da Berthillon. Depois de ficar um tempo ali, curtindo nosso sorvete na praça, resolvemos explorar a rua.
A origem dessa rua data da idade média, e continuava até a Place d’Italie, mas depois das transformações do barão Haussaman, ela foi reduzida ao que é hoje. Ela vai descendo numa inclinação suave até a Av. de Gobelins. Lá você encontra de tudo, cafés, bares, pubs, lojas de comércio, e uma feira permanente, com tudo que pudermos encontrar, e que faz a festa de todo bom chef gourmet, de frutas, legumes, queijos, embutidos, carnes, peixes, frutos do mar e por aí vai. Não resistimos, compramos um quilo de moules por 5 euros, uma garrafa de vinho e voltamos para casa para preparar nosso jantar.
Mapa do nosso roteiro nesse dia
Uma viagem inesquecível. Repleta de muita poesia e vida.
Uma viagem com 100% de aproveitamento! Realmente inesquecível, estou deixando aqui apenas alguns registros, mas a maior parte está incorporada na alma mesmo!