É pequenino como o pais que representa, no entanto, grande é o prazer proporcionado pela leitura desse romance, de Dürrenmatt, que é quase um clássico. O Juiz e seu Carrasco, é uma das obras mais conhecidas de Friedrich Dürrenmatt, com mais de 5 milhões de livros vendidos em todo mundo, apesar de pouco conhecido aqui no Brasil.
Trata-se de uma novela policial, cuja trama se inicia com a morte de um policial, em circunstâncias misteriosas, numa cidadezinha na Suiça. Quem assume as investigações, é o Inspetor Bärlach, velho e doente, que se vê obrigado a aceitar Tschanz, policial extremamente eficiente na criminalística. Se Tschanz é excelente tecnicamente, Bärlach tem sentimentos próprios sobre a justiça. A medida que vamos acompanhando as investigações, descobrimos que trata-se de uma intriga policial, iniciada lá atrás, em fatos passados. E até onde as investigações chegaram, mais do que a eficiência criminalistica de Tschanz, o que está em jogo, é o perfil psicológico do assassino, que precisa ser encontrado e preso. Um romance policial de leitura agradável com um final surpreendente.
É uma história rica nos perfis psicológicos dos personagens, que faz muito o meu estilo. Esse livro, me lembrou de outros que me marcaram, justamente por utilizar esse perfil dos assassinos, como pista para desvendar o crime. São eles, Cai o pano, de Agatha Christie e o Segredo dos seus olhos, de Eduardo Sacheri.