Château Vaux-le-Vicomte

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                  Vinte minutos de trem é a distância que separa os castelos de Fontainebleau e o de Vaux-le-Vicomte, e de Paris leva-se 45 minutos até o primeiro e 25 até o segundo. Era um dia chuvoso e frio, mais um naquele mês de maio de 2013, considerado atípico até para os padrões franceses, pelo menos esse era o comentário geral. Decididas a não deixar que o clima nos intimidasse, resolvemos visitar os dois castelos.  O trem sai da Gare de Lyon, Grandes Lignes, e o ticket que custa em torno de 10 euros, é utilizável durante todo o dia, inclusive para o ônibus que vai da estação de Fontainebleau-Avon, até o castelo. Em dias de sol, o trajeto pode ser feito a pé, pois a distância é pequena, menos de 2 km. Entramos pelo jardim de Diana, que fica na lateral, e embora, o castelo esteja locado em meio a jardins, lagos e bosque maravilhosos, nossa visita restringiu-se a parte interna, devido a chuva e o frio.   Ainda assim, há muito a ser visitado, só a galeria de Francisco I com seus afrescos e pinturas que narram as histórias de sua vida, e que deu início ao maneirismo, é de encher os olhos. O castelo era o queridinho de Francisco I e de Napoleão, e foi habitado ininterruptamente por 7 séculos.  Infelizmente fiquei sem registros da visita, pois quando chegamos em Fontainebleau, procurei a máquina fotográfica na bolsa e não encontrei. Achei que tinha deixado em casa carregando, e só quando chegamos em Melun, foi que a encontrei no fundo da bolsa. Minha irmã, que tinha tirado fotos com o celular, realizou não sei qual manobra radical no aparelho, e conseguiu perder todas as fotos da viagem. Restou a esperança de clicar Fontainebleau em uma próxima visita. Depois de um almoço leve, no próprio castelo, pegamos o trem para Melun.

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                            O Château Vaux-le-Vicomte, está situado na comuna de Maincy (Seine-et-Marne), à 50 km a sudoeste de Paris, e 6 km de Melun. O acesso a ele, da estação onde descemos, pode ser feito pelas navettes(ônibus que saem defronte da estação e levam até o castelo), ou de táxi. O castelo pertencia a Nicolas Fouquet, o Superintendente das Finanças do rei Luis XIV. É uma verdadeira obra prima da arquitetura, em harmonia perfeita com os jardins e com a decoração, e muito, muito bonito. Para construí-lo, Fouquet contratou o arquiteto Louis Le Vau, entregou ao pintor Charles Le Brun a decoração, e ao paisagista André Le Nôtre, os jardins.

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                              Fouquet era um grande apreciador das artes, e conhecido por financiar artistas, e gastar muito para viver bem. A festa de inauguração do château, em 17 de agosto de 1661, uma das mais belas do século XVII,ficou conhecida pela sua magnificência, e por marcar o início da queda do seu anfitrião. Quinze dias depois ele foi preso a mando do rei, por uma série de intrigas políticas, e assim permaneceu até a sua morte. Para quem desejar reviver o clima da festa, a partir de maio, é possível jantar no castelo, iluminado pela luz de 2.000 velas.

Aqui, o trabalho de Charles Le Brun.
Aqui, o trabalho de Charles Le Brun.

DSC01038 Depois da prisão de Fouquet, o rei  Luis XIV levou toda a equipe para Versailles, para transformar uma propriedade rural no maravilhoso palácio que é hoje. Nós ficamos tão embevecidas com o Vaux, que perdemos a hora da navette, então tivemos que voltar de táxi.

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