E chegamos em Paris. Poderia até ser mais uma cidade, que a noite, o cansaço e a fome não deixassem perceber, mas era Paris. E no dia seguinte, quando olhei pela janela, e a vi, lá, mágica, linda, tão Paris, senti uma alegria tão grande que fiquei rindo à toa e só desejei mergulhar nela!
Para começar, tudo que a gente queria, era sentir a cidade, não havia feito nenhum planejamento. Então saimos caminhando pelo nosso boulevard, que era o de Bonne Nouvelle, um boulevard muito longo, que vai mudando de nome. Para a esquerda, vira Boulevard Possonière, Bd Montmartre, e Bd Haussmann, chegando até as proximidades da Ópera Garnier e onde se encontram as grandes lojas de departamento como a Galeria Printemps e Lafayette. Para a direita, para onde nos dirigimos muda de nome para, Bd St-Dennis e St-Martin até chegar a Place de la République. Surpresos, encontramos no caminho um arco, que é a Porte de St-Dennis, de 1672, antiga entrada da cidade, com uma altura de 23 metros, construído para comemorar a vitória real sobre Flandres, de autoria de François Girardon. Mais adiante, um novo arco, a Porte de St-Martin, erguida em 1674, menor, com 17 metros de altura, comemora a captura de Besançon e celebra a vitória sobre a tríplice aliança Holanda, Alemanha e Espanha.
Continuando nosso passeio, passamos pela Place de la République e chegamos na Place de la Bastille, de lá continuamos caminhando até o Père Lachaise, cemitério mais frequentado de Paris, onde estão os túmulos de famosos como Edith Piaf, Voltaire, Molière. Alan kardec, Oscar Wilde…Por sinal tinha uma turma bebendo e cantando no túmulo de Jim Morrison.
Fonte de água tratada do Sena
Em seguida pegamos o metrô para conhecer a Place de Vosges, antes paramos para almoçar no Le Petit Italien, um pequeno restaurante, com boa comida, bom vinho e boa música(tocava Vanessa da Mata). Quando saimos, o tempo havia mudado completamente, a temperatura caíra bastante, ventava e chovia. Mesmo assim fomos conhecer a praça, pois estávamos bem pertinho.
A Place de Vosges-linha 1 do metrô-S.Paul-, foi idealizada por Henrique IV,em 1604, com a construção de instalações de trabalho e hospedagem, para atrair artesãos italianos, especialistas na indústria da seda, com o nome de Place Royale. Mudou muito pouco da época em que foi construída até os dias de hoje. É um lindo parque, em torno do qual foram construídas 36 casas, dispostas em quatro lados simétricos, com galerias em arco para proteger da chuva as bobinas de seda que eram muito delicadas. Hoje abrigam galerias de arte, restaurantes, cafés.
Place de Vosges
O escritor Victor Hugo viveu na Maison de nº 6 da Place de Vosges, no período de 1832 a 1848. Foi lá que escreveu a maior parte de Os miseráveis e de outras obras. Hoje a casa abriga o Museu Victor Hugo, e que aproveitamos para conhecer.
Maison de Victor Hugo
No dia seguinte, logo pela manhã nos dividimos, Daniel foi com Domingos para as Catacumbas e eu, fui fazer umas comprinhas para as meninas, pois Domingos voltaria para Recife no dia seguinte. Foi andando por ali, nos Grands Boulevards que topei com as passagens cobertas de Paris, com seus tetos abobadados de ferro e vidros, corredores com painés de marmores que atravessam edifícios inteiros. Maravilha!
Passage Jouffroy
Nos encontramos no hotel, fizemos um lanche rápido e fomos para Ópera Garnier, Place Vendôme, Rue de Rivoli, Jardin de Tuileries e a igreja de La Madeleine. Quando entramos na igreja, havia acabado de se realizar um casamento e o grande órgão ainda estava tocando. Foi uma sensação indescritível, parecia que estava entrando no céu. Seguimos depois para o Palais d’Elisée. E encerramos o dia com um jantar em um bistrô defronte ao nosso hotel. Fim das férias! Mas não de Paris!
“We’ll always have Paris..”
Sim, claro! Alwaysssssss!