Nem precisei andar muito para chegar ao próximo destino, bastou cruzar a fronteira, e pronto cheguei na Finlândia! Este ano a Finlândia foi o país convidado da Feira de Frankfurt, e apesar de muitos autores se concentrarem nas guerras do século XX, principalmente a guerra de civil de 1918, parece que o romance policial, continua sendo a preferência dos autores nórdicos em geral, e de finlandeses como Matti Rönkä e Markku Ropponen, por exemplo. Além, claro, de Leena Lehtolainen, autora do livro Meu Primeiro Assassinato, escolhido para representar a Finlândia no projeto. Este livro é o primeiro de uma série, tendo como personagem principal a policial Maria Kallio. Como o título revela, Maria inicia neste romance sua carreira de detetive, quase que por acaso. Enquanto aceita substituir um colega, é chamada a desvendar um crime, o assassinado de um jovem na casa de praia dos pais. Jukka, a vítima, tinha ido passar o final de semana com mais alguns amigos, todos integrantes de um coral, para se preparem para uma apresentação. Ao iniciar as investigações Maria descobre que conhecia a vitima e alguns dos suspeitos dos tempos de estudante, e tenta se desligar do caso. Mas, diante das circunstâncias que envolvem seu local de trabalho, é forçada a seguir adiante.
Mergulhei de cabeça no livro, já antecipando o prazer, com base nas experiências de Millenium e A procurada, mas confesso que fiquei um pouco decepcionada. Apesar de ser uma leitura leve, Maria não convence, parece o tempo todo deslocada em relação a própria vida, tanto pessoal como profissional, e como a história é toda centrada nela, o enredo deixa a desejar. No entanto, o livro valeu, pela viagem, pelo conhecimento que proporciona sobre a Finlândia, sua capital Helsinque, seu entorno e a cultura do país, instigando nosso desejo de visitá-lo pessoalmente.