Chile

IMG_0116Até então, todo meu conhecimento da literatura chilena, se restringia a Isabel Allende, com quem eu me deleitava, pois adorei todos os livros que li dela. Mas estava na hora de conhecer outros nomes, e a oportunidade se deu com Alejandro Zambra. Nascido em Santiago, em 24 de setembro de 1975, foi eleito em 2010, pela revista britânica Granta, como um dos 22 melhores escritores de língua espanhola com menos de 35 anos. O livro escolhido para o projeto #198livrosFormas de Voltar para Casa, é o terceiro livro de Zambra, precedidos por Bonsai e A vida privada das árvores.

O livro se desenvolve em quatro partes, e em dois momentos; o passado vivido em Maipú, onde o protagonista viveu a infância, na época da ditadura de Pinochet, e o momento atual, em Santiago, em meio a uma crise, no qual tenta retomar o casamento e terminar de escrever um romance. São momentos de dor e reflexão; no passado pelas sequelas deixadas pela ditadura e pelo relacionamento familiar; e no presente, a separação, que ele tenta superar através da escrita. A frase do escritor Romain  Gary, “Em vez de gritar, escrevo livros” no livro A Promessa da Aurora, citado pelo protagonista duas vezes neste romance, representa bem o estado de espírito do narrador. Embora seja uma leitura muito agradável, pois flui facilmente, um livro de pegada, tem um tom depressivo, uma desesperança em relação a vida que não compartilho. Vi que este livro, dialoga diretamente com os dois anteriores, e que o autor comentou em entrevista, que sempre se escreve o mesmo livro, e é ele que vai mudando. Fiquei com vontade de ler os outros dois, e descobrir se o tom depressivo foi apenas um momento ruim, ou seria a essência do autor.

 

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