Arena de Lutéce

                              Foi no ritmo de gato, e com a liberdade de um pássaro, que acordamos no sábado, do nosso primeiro final de semana em terras parisienses. Sabendo que o céu era o limite para os nossos passeios, o estresse era zero. O primeiro destino, já estava acertado, voltar a Catedral de Saint-Denis, para visitar o seu interior, já que estava fechada quando visitamos da primeira vez, por causa do feriado do 1º de maio. O relato, dessa nossa visita está descrito em outro post.

                              Em seguida, pegamos o metrô e descemos em Saint Germain-des-Prés, no 5º arrondissement, o nosso destino escolhido para aquele dia. O 5º arrondissement é o bairro mais antigo de Paris, e nele estão localizados, além do Quartier Latin, Panthéon, Sorbonne, Jardim de Luxemburgo, Boulervards de Saint Michel e Saint-Germain, e tudo que sobrou da antiga Lutércia. Essa cidade galo-romana foi o berço de Paris, e teve seu início em 50 a.C., após os romanos terem ocupado o território dos parísios e construído uma cidade completamente nova no alto da atual colina de Saint-Geneviève. O que restou da Lutércia antiga, foram as termas de Cluny, a arena de Luterce e o traçado de algumas ruas nos arredores da igreja Saint-Séverien.

                             Inicialmente, passamos pelas termas de Cluny, que fica ao lado do Hôtel de Cluny e Museu Nacional da Idade Média, no Boulevard Saint Michel, mas como estava  fechada para reforma/manutenção, resolvemos deixar todo o conjunto para outra ocasião e seguir em frente. A próxima parada no roteiro era a Arena de Lutèce, e para chegar lá, contamos com a ajuda do mapa e do boca a boca. Saímos pela Rue Sommnerd até a Place de la Contrescarpe descemos pela rue Lacépede até alcançar a rue Monge, e depois foi só atravessá-la para encontrar a entrada da Arena.

                             A arena de Lutéce era um anfiteatro, construído no século I pelos romanos, para ser utilizado nas representações teatrais e como arena para os combates entre gladiadores, dentre outros jogos. Podia receber até 17.000 espectadores, e é provável que tenha permanecido em atividade até o fim do Século III, quando Lutercia foi destruída pela primeira vez. Entre reconstruções e demolições, recebeu o apoio da sociedade dos amigos da Arena, que tinha Victor Hugo entre seus membros, para chegar até os nossos dias.

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                       Depois de deixar a Arena, saímos andando a esmo pelas ruas, encontramos a casa onde Renê Descartes passou diversas temporadas, na rue Rollin, nº 14, e a do poeta e filósofo françês, Benjamin Fondane dentre outros. Essa era nossa diversão, pois o francês adora colocar placa em tudo que é canto para marcar sua história, o que é ótimo para nós, turistas e curisosos.

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                             Uma vez que estávamos pelas imediações, passamos pela sorveteria Amorino, na Place de la Contrescarpe, para o sorvete nosso de cada dia, antes de seguir nosso tour e fazer uma parada na Église St-Etienne-du-Mont, uma magnífica igreja que combina de forma harmoniosa uma mistura de estilos, gótico no exterior e renascentista no interior. A igreja abriga o túmulo de Santa Genoviève, padroeira da cidade de Paris, e as tumbas de Pascal e Racine. Tivemos sorte de passar por lá na hora da missa, pois além de ouvir o sermão do padre ainda pudemos conhecer o interior, pois só são permitidas visitas guiadas e previamente agendadas. As cenas do filme Meia-Noite em Paris, em que o personagem Gil esperava sentado pelo sino da meia-noite, foram rodadas ali nas escadarias laterais da igreja(lado esquerdo)

ST-Etienne

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                             Então saimos de lá direto para a Gare de Lyon, para buscar Daniel que estava vindo de Lyon para o final de semana. Aproveitamos para conhecer o Train Bleu, um dos restaurantes mais antigos de Paris. Mais isso é assunto para outro post.

Quem preferir ir direto para a Arena de Lutèce, o endereço é:

49 rue Monge, Metrô, Place Monge, linha 7.

A igreja de St Etienne-du-mont, fica por trás do Panthéon, na Place de Sainte Geneviève.

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