Gana

                          journeyGana situa-se no golfo da Guiné, na África Ocidental, limitado a norte pelo Burkina Faso, a leste pelo Togo, a sul pelo Golfo da Guiné e a oeste pela costa do Marfim, sendo a cidade de Acra, sua capital. Era colônia britânica até 1957, quando conquistou sua independência. A história de Gana, anteriormente a chegada dos europeus, tem suas origens, assim como Mali, na tradição oral herdada dos antigos reinos do Sahel(hoje Mauritânia) e Mali, por meio das migrações.  Os portugueses foram os primeiros europeus a chegarem a Gana, no ano de 1470. Depois vieram os ingleses, suecos, dinamarqueses, alemães e holandeses. Até que no início do século XIX, os ingleses conseguiram dominar todo o território, afastando todos os concorrentes europeus e derrotando os reinos nativos, tornando-o uma colônia.

                              A história do autor Gheysika Adombire Agambila, narrada no livro “Journey” é ambientada em Gana pós-independência. E descreve as incertezas do adolescente Amoah, com o futuro, após o término de uma etapa dos estudos na cidade, para onde foi incentivado pelo avô. Por meio dos questionamentos de Amoah, que parece viver uma crise existencial, sobre a vida, o seu país, a família e os amigos, o autor traça um retrato de Gana em seu momento atual. Podemos ver que apesar da grande influência que os ingleses exerceram no país, as tradições culturais e as crenças religiosas se mantêm fortes. Principalmente nos pequenos vilarejos, como Tinga, a cidade natal do personagem, para onde ele sempre retorna para visitar o avô. Forte também é o sentimento nacionalista de Amoah, ao defender a idéia de que o país deve se desvencilhar da influência externa.  Apesar de o inglês ser a língua oficial, eles possuem quatro dialetos próprios, ou línguas regionais, que o autor pretende explorar no livro, mas que o recurso por ele utilizado deixou o texto confuso, difícil de entender. A forma de narrar os diálogos também ficou confusa, sendo necessário retornar algumas vezes, para identificar os interlocutores, principalmente quando os diálogos eram grandes e com mais de dois participantes.

                           Apesar de não ter sido uma leitura empolgante, não fugiu ao tema do projeto.

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